quarta-feira, 14 de maio de 2014

SAMBOLERIA ESTÁ CHEGANDO



Com lançamento pela Sony Music, SAMBOLERIA está chegando nas lojas de todo Brasil entre a última semana de maio e a primeira de junho. A imprensa receberá  o disco a partir de dia 22 de maio e os investidores que apoiaram disco pelo crowdfunding promovido pelo www.Sibite.com.br começarão a receber o CD físico e demais contrapartidas, de acordo com o valor investido, a partir do dia 2 de junho. Para isso, precisam enviar o seu endereço completo para o e-mail samboleria.2014@gmail.com.

O making of das gravações estará disponível a partir do dia 23 de maio apenas para quem investiu a partir de R$ 50. Esses investidores receberão em seus e-mails um senha para acessar os vídeos.

Logo abaixo a contracapa do disco que está em formato digipack. A capa só vamos liberar após o recebimento pela imprensa.

Muito obrigado a todos que colaboraram.






segunda-feira, 17 de junho de 2013

Segunda Semana de Gravações


Durante a semana passada, não tive tempo de postar nada aqui no blog, mas atualizei quem me segue no Facebook e Instagram, pois por essas redes é tudo mais rápido. Para quem não me acompanha naqueles meios, há muitas novidades para contar.




Ponto Com e Sem, Germinal do Samba e Balanço do Bedeu, ganharam bateria de Rafael Barata e Ponto Com e Sem percussões adicionais do Pretinho da Serrinha. Barata é um músico excepcional, toca com muita dinâmica, o que dá um colorido todo especial às bases. Difícil é encontrá-lo livre, já que atua com Eliane Elias, pianista brasileira residente em NY e vive fazendo shows pelo mundo.




Na sequência, gravamos dois sambas, O Peixe quer água e Eureca, com o Pretinho, que tocou todas as percussões, com maestria, levando para dentro do estúdio a Praça Onze, o Estácio, Oswaldo Cruz, Serrinha, Mangueira, o baile todo. Pretinho sabe tudo de samba, começou sua carreira musical na infância. Aos 10 já tocava cavaquinho e diversos instrumentos de percussão. Depois virou músico e arranjador de artistas como Marcelo D2, Teresa Cristina, Alcione, Lulu Santos, Dudu Nobre e Arlindo Cruz, que agora o apoiam na empreitada solo. E ele é co-autor de muitas músicas do repertório do Seu Jorge, como Alma de Guerreiro, Mina do Condomínio e Burguesinha. E atualmente está fazendo carreira solo com seu o Trio Preto +1. Enfim, é muito bom tê-lo também nesse disco.





Na manhã de quinta, Carlinhos 7 Cordas, deu seu toque personal para O Peixe quer Água e Germinal do Samba. Carlinhos é um grande músico, que, durante muitos anos integrou o grupo de Beth Carvalho. Mas toca e tocou com todo mundo, Maria Bethânia, Fernanda Abreu, Alcione, Chico Buarque, etc etc etc. Eu o conheci através do Bebê Kramer.  Depois o encontrei nas gravações do DVD 9+1 da Ana Carolina. Ele também está presente no novo disco da Ana, tocando na nossa parceria I Phone. 




Também fizemos a base de Fast Folhinha, em ritmo de candombe, com Marco Lobo (percussões), Gastão Villeroy (baixo) e Leonardo Amuedo (na foto com Marco Lobo), que é uruguaio e sabe tudo desse ritmo, nos violões, guitarra e percussões. Leo é um grande músico,  mais conhecido pela sua atuação na banda de Ivan Lins. Antes de vir para o Brasil, morou na Holanda e já dividiu o palco com  Jane Monhait, Maria Schneider, Alejandro Sanz, João Bosco, Wagner Tiso e Lenny Andrade, entre outros artistas.
Fast Folhinha ainda terá vocais do camaronês Njami Sitson e marimba do Mauro Refosco.



Nicolas Krassik gravou um violino ritmicamente muito preciso e muito afinado em Samboleria e trouxe o espírito cigano do leste europeu para dentro do disco. Nicolas é francês e vem fazendo uma excelente carreira no Brasil. Além de tocar com vários artistas, como Gilberto Gil e Lenine, tem seu grupo Cordestinos que lota o Circo Voador com seus shows instrumentais. Já trabalhei com ale algumas vezes. A primeira foi para gravar a música Além do Paraíso. E, recentemente, no disco da Vanessa Longoni que Gastão Villeroy produziu com minha colaboração, Nicolas gravou violino em Bora, de Eugênio Dale e rabeca em Painho Cuspiu de Eduardo Pitta. Duas faixas muito lindas do disco da vanessa que será lançado em agosto.





Na quinta, participei do show de João Donato no espaço Tom Jobim , belo teatrinho localizado dentro do Jardim Botânico. Começamos com Música no Gravador, nossa primeira parceria, que está no CD/DVD Sinal dos Tempos. Na sequência, João solicitou-me que cantasse São Sebastião, bossa canção que fiz em homenagem ao Rio de Janeiro e que é minha composição que ele mais gosta. E depois a Paz, com Luis Alves no Baixo, Robertinho Silva na Bateria e Ricardo Pontes nos sopros. E, depois de uma hora e meia de momentos mágicos com a musicalidade do Donato, encerramos a noite com Nasci para bailar.



Falo bastante desse show, porque ele contribuiu para a unidade da sessão da noite de sexta no estúdio Monaural, onde gravamos nossa nova parceria, Ravel e Clarice, com Stephane Sanjuan na pecussão (na foto abaixo), Gastão Villeroy no baixo e Donato no piano. Aliás, ficou um lindo som de piano, um Kawai de parede que parecia cauda inteira, méritos da engenharia de Daniel Carvalho e Berna Ceppas. E Gastão e Stephane pegaram bem o espírito Donatiano, a base ficou minimalista e com um balanço incrível.




E, ontem à tarde, enquanto o Brasil jogava com o Japão,  gravamos um excelente quarteto de cordas  com Adonhiran Reis (1º violino), Tomaz Soares (2º violino), Estevan Reis (viola) e Alceu Reis (violoncelo), tocando um lindo arranjo que o Maycon Ananias fez para Te Vês Tan Bien. Maycon grafitou a música com movimentos e acordes de notas próximas, o que deu uma sonoridade muito bonita ao quarteto. Em alguns momentos lembra Nino Rota, em outros trechos, Villa Lobos. Martin Scian, técnico argentino que está gravando o disco  (na foto abaixo com Maycon), tirou um som muito bonito dos instrumentos. Aliás o disco todo está com um som muito legal, o que muito se deve à mão, ao ouvido e ao know how do Martin e também à qualidade da sala de gravação projetada por Daniel Carvalho.






Ontem estive com o Eduardo Neves passando melodias de introduções e indicações para os arranjos de sopros de O Peixe quer Água, Eureca e Balanço do Bedeu. Hoje à noite, gravaremos esses arranjos e também o de  Germinal do Samba, com trombone, flugel, sax tenor, trompete e flautas.

Mas o dia começa com Bebê Kramer imprimindo seu estilo acordeonístico em Samboleria e, logo depois, Davi Moraes gravando guitarras em Samboleria e Balanço do Bedeu.

Para sintetizar esses dias plenos de emoções musicais, lembro uma conversa que tive  no sábado com o jornalista e crítico musical, Antonio Carlos Miguel. Num dado momento em que lhe dava notícias das gravações,  falei que quase não havia piano no disco. Que a maioria das faixas estavam apoiadas nas bases de violão. Mas lembrei que os pianos que havia registrado eram de João Donato, Daniel Jobim e Don Grusin. E Miguel observou:  Tá mal de pianista, hein?! 
É vero! Só tem músico com assinatura nesse disco!

domingo, 9 de junho de 2013



O PIANO DE JOBIM



Ontem fui ao estúdio de Daniel Jobim para gravar o piano de Te vês tan bien, um bolero que compus com o colombiano Jorge Villamizar. A base já estava muito boa e, com o piano do Daniel, subiu mais alguns degraus. Essa música está ficando muito classuda. Agora só faltam as cordas que encomendei para Maycon Ananias e que devem vir com uma flauta ou outro instrumento de sopro nas pontas. 

Daniel tem um excelente set up para as suas gravações. Começando com o piano que herdou de Tom Jobim, onde foram compostos muitos dos clássicos do Maestro Soberano. 








O seu estúdio fica no prédio onde mora a família, portanto, além da gravação, tivemos um dia muito rico e divertido, com papos sobre física quântica, relatividade, ufologia e, claro, música.

No meio da tarde, em um almoço familiar, foi lembrado que Jorge Jobim, pai de Tom, era natural de São Gabriel, cidade onde nasci e cresci na fronteira oeste do RS. E reza a lenda que Tom fora gerado em uma semana santa, quando o casal visitava os parentes gabrielenses. Mas isso já é outra história.





Em breve mais notícias.

sábado, 8 de junho de 2013







2º DIA DE GRAVAÇÃO

Te vês tan bien, canção que fiz em parceria com o colombiano Jorge Villamizar está ficando com cara de clássico. Hoje gravo piano com Daniel Jobim e, durante a semana, as cordas escritas por Maycon Ananias. Berna C eppas, que está produzindo o disco sugeriu que o Gastão gravasse com o ukelle bass.
Ele fez dois takes e voltou para o Gibson, tocando de maneira diferente, com as idéias que o ukelle lhe inspirou. Ficou muito interessante.




Germinal do samba é uma música mais delicada. Ela conta a história do samba, feita de dor,  amor e alegria. Por isso a própria concepção da base, principalmente da percussão vai contando essa história, ao acrescentar instrumentos aos poucos. No lugar do agogô tradicional, Marquinho gravou copos, pois ´´assim que rola nas rodas de samba, desde os tempos dos encontros na casa da Tia Ciata, no comecinho do século passado.  A música ainda vai contar com sompros escritos por Eduardo Neves, com uma textura mais doce, com trompa, flugel, trompete com surdina e flauta.  Na sequência mais notícias.





sexta-feira, 7 de junho de 2013


Martín, engenheiro de som, 
Berna Ceppas, produtor 
e Marco Lobo, só sorriso, ouvindo as bases gravadas.



1º DIA DE GRAVAÇÃO


Geralmente, o primeiro dia de gravação de um disco é aquele em que se monta tudo, se conhece o som da estúdio, procuram-se as timbragens, cuidando a posição, o ângulo e distância em que são colocados os microfones para tirar o melhor som possível de cada instrumento. É um momento muito importante, onde são concebidas as texturas, as frequências, em linguagem técnica, o range, metaforicamente, a cor do disco.

Feito isso, começam as gravações das bases.

Temos 18 músicas no set list, mas ficarão apenas 12 ou 14 no disco. Na real, temos material para dois discos, mas lançar um álbum duplo seria um contrasenso no momento atual, em que a ordem do dia é lançar uma canção, um single ou um ep com 4 ou 5 músicas. 


Gastão Villeroy é o homem beat,
 ligado na precisão do click, nos andamentos da músicas


A primeira base que gravamos foi de Samboleria (oficina de bailado). Essa música é uma espécie de editorial do disco, anuncia o que virá no decorrer das outras faixas. E tem metade da letra em português e a outra metade em espanhol. Chamei a cantora Dolores Solá, do grupo La Chicana, de Buenos Aires, para fazer participação especial. Ela tem uma voz tangueira, linda, dramática, mas também com o humor que a música pede. 

Dolores Solá, participação especial em Samboleria

Minha história com La Chicana vem dos anos 1990, fizemos vários shows juntos no Brasil e na Argentina. Assim que acabamos a gravação ontem, já enviei um MP3 para Dolores. Pouco depois ela respondeu. Ela gravará a sua voz no estúdio do grupo e me envia na semana que vem. E assim vamos.

Marco Lobo em ação com sua percuteria 


Gravamos também uma base de Ponto Com e Sem, o samba be bop de letra quilométrica que fiz em parceria com Moraes Moreira. Essa música é uma paulada. Preparem-se.

Hoje partimos para Germinal do Samba,  Balanço do Bedeu,  O Peixe quer água e Te Vês Tán Bien.

Na sequência, teremos o Eureca, Bolero do Donato, Stancov e Tolerância, em clima de Samboleria.

Amanhã tem mais notícias.

quinta-feira, 6 de junho de 2013




SAMBOLEIRANDO COM JOÃO DONATO


João Donato é um dos mais brilhantes músicos brasileiros. 
Dono de um estilo inconfundível, tem seu nome associado à Bossa Nova, embora diga não pertencer a nenhum movimento específico. Na verdade, ele é seu próprio movimento. Na semana passada compusemos um bolero para o meu novo disco. E ele gravará piano nessa faixa. 

Em retribuição ao convite, João me chamou para participar do show dele, na semana que vem, no espaço Tom Jobim, no Jardim Botânico. Será 13 de junho às 21h.

E hoje, a partir de 14h, começo a gravar as bases do disco, com Gastão Villeroy (contrabaixo) e Marco Lobo (percussão). Com produção de Berna Ceppas e Daniel Carvalho pilotando a engenharia de som.
Tô muito animado!!!